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Vitrais de Igreja e a Nanotecnologia

Sim, é verdade! E é uma conexão surpreendente.

Os vitrais das igrejas, com suas cores vibrantes e complexos padrões, têm fascinado gerações por sua beleza e habilidade artesanal. No entanto, o que muitos não sabem é que a criação de vitrais envolve princípios de nanotecnologia. Os artesãos medievais, sem o saber, manipulavam nanopartículas de metais, como ouro e prata, para produzir os efeitos deslumbrantes de cor e luminosidade nos vitrais. Os vidreiros dominavam essa técnica de coloração extremamente interessante e única, na verdade, ela era tratada como um segredo industrial hoje.


Mas como isso acontece ?


Durante um ensaio em laboratório, um Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET) revelou a presença de nanopartículas de ouro e prata no vidro que foi analisado. As diferentes cores são obtidas devido as diferenças nos tamanhos da nanopartículas metálicas (importante propriedade da nanotecnologia).


O tamanho da partícula e seu formato influenciam no confinamento quântico da onda de luz ocasionando diferenças de cor. Diferentes diâmetros de partículas esféricas, por exemplo, gera diferentes cores do espectro visível. Para isso, quanto maior o diâmetro da partícula maior a tendência para o vermelho (maior o comprimento de onda e menor a energia).


Hoje, as análises de laboratório, bem como a nanotecnologia permitem um entendimento mais profundo e a recriação dessas técnicas antigas. Hoje, as nanopartículas são utilizadas para controlar a cor e a transparência dos vidros modernos, inspirados nos vitrais históricos. Além disso, a nanotecnologia oferece novas aplicações para vitrais contemporâneos, como a integração de funcionalidades de controle de luz e calor, e até mesmo propriedades autolimpantes.


Essa união entre arte tradicional e ciência moderna exemplifica como o conhecimento ancestral pode encontrar novas expressões e utilidades através das tecnologias emergentes, criando uma ponte fascinante entre o passado e o futuro.


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